sexta-feira, 29 de agosto de 2008
The smell of wine is taking me back
Into a deserted library made of air
But somehow I can still remember
That it's always morning somewhere
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terça-feira, 26 de agosto de 2008
He's there, on the other side of the mirror,
And everything's happening at the same time.
But I'm not happening,
I'm just standing here,
Nothing really going on with me.
I don't miss you
But I miss the circumstances
And I don't miss you either
But I miss significance
The times when we knew
We were making history
Our skin would starve and melt
Under the heavy weight of secrets but
Somehow
The things so painful I could not name them
Became the wave we came to dwell in
Somehow
The things so painful I could not name them
Were just a bridge you took from me
'Cause it was in you
Then winter came
Now you're gone
I can't say any words
And there's nothing left but a barricade
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domingo, 24 de agosto de 2008
As seen somewhere in the middle of a long story
0 comments Posted by Sónia at 8/24/2008 01:47:00 da tardeTu não entendes os meus condicionalismos porque fui eu que os criei, e eu não entendo os teus porque foste tu que os criaste, mas se não fizermos um esforço para entendermos então mais vale voltarmos todos para as cavernas. Não nos serve de nada aperaltarmo-nos todas e sentarmo-nos aos sábados à noite a beber um copo de vinho se tudo aquilo de que precisamos é das nossas mocas, dos nossos ossos e das nossas fogueiras.
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domingo, 3 de agosto de 2008
A pedido de várias famílias... A Tribo (ou pelo menos o início)
0 comments Posted by Sónia at 8/03/2008 01:24:00 da manhãPassam poucos minutos das nove, neste momento metade do país continua em alerta por causa da tempestade que se abateu há pouco mais de uma hora, com especial intensidade na zona do litoral centro. A Protecção Civil aconselha a população a não sair de casa e caso tenha de o fazer…
Só ouvia o som dos seus próprios passos, em corrida, o som que o perseguia. Dos seus passos e da sua respiração, arquejante, como se a garganta fosse uma rampa feita de papel mastigado. Mais uma esquina, um beco sem saída, e sabia onde estava. Parou, dobrando-se sobre si próprio, costas contra a superfície molhada e rugosa de uma casa, de uma parede, de um muro, talvez, mãos apoiadas nos joelhos, tentando abstrair o mundo do som da sua respiração. Nunca tinha tido tanta consciência da escuridão que a noite representava. Todas as ruas estavam às escuras, e as mais estreitas assumiam um semblante particularmente sinistro. De pouco em pouco, as rajadas de vento deixavam entrever através do véu da neblina lampejos fracturados da lua, mas isso não contribuía para aplacar o seu ritmo cardíaco, pelo contrário, era como se tivesse um par de olhos, o temível par de olhos, a observá-lo. Endireitou-se, mais silencioso, mas a sensação de serenidade, de calma após a tempestade, durou pouco. Nas suas calças, ambas as mãos tinham deixado a sua impressão, inconfundível, indelével, a sangue. Acometido por um novo assomo de pânico e adrenalina, escondeu as mãos na camisola, tentou a todo o custo desfazer-se daquela visão, daquela memória inconfessável, limpou, esfregou, mas quanto mais o fazia mais multiplicava o padrão, como se em meras pinceladas ao acaso tentasse recriar uma obra de arte abstracta. Respirando pela boca, sentindo o peso da lua sobre o seu ombro esquerdo agora que se virara de lado, o frio e a humidade do muro contra o suor do rosto, recomeçou a avançar, agora sem correr, mais cautelosa, mais silenciosamente.
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