sábado, 26 de julho de 2008
Porque tu [Cupido] és um puto, e só gostas de brincar; brinca, à vontade! (…) Faz com que um amante ora lance piropos, ora arremesse insultos a uma porta que persiste em permanecer fechada, para acabar por levar a tampa, cantando tristes melodias.
O meu objectivo é utilitário: pretendo extinguir as chamas e que a alma não seja mais escrava da sua droga.
Enquanto é tempo e a angústia que agita o coração é moderada, e se já nos começamos a lamentar, é altura de arrepiar o caminho. Abafar, enquanto são recentes, os germes nocivos de um mal inesperado.
De que natureza é esse objectivo que desejas tanto? – inspecciona-o com um espírito vivo; se é um jugo destinado a magoar-te, não lhe ofereças o pescoço.
O amor está constantemente a fornecer pretextos e alimenta-se dos nossos atrasos; o dia mais adequado para acabar com tudo, é também o que está mais próximo.